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Mostrando postagens de 2017

Se você tem curiosidade sobre o que acontece após a morte, deve ler esta postagem...

Minha filha Marina, de três anos, perguntou-me: "Pai, como é morrer? A gente vai voando para o céu?". Sua irmã gêmea, Lívia, atenta responde: "Má, claro que não, a gente pega um avião e vai para o céu". O homem do Terceiro Milênio ainda tem dúvidas básicas sobre o único evento estatístico com probabilidade 1: a morte. Apesar dos avanços da Tanatologia, com a Dra. Elizabeth Kubler-Ross, ou das pesquisas sobre as experiências de quase-morte com o Dr. Raymond Moody Jr., há muito preconceito e desconhecimento sobre o tema. As religiões não conseguem explicá-lo convincentemente e a ciência prefere ignorá-lo. Em meados do século XIX, Allan Kardec, pedagogo francês, coordenou a maior pesquisa científica sobre a espiritualidade de que se tem notícia: foram quase quinze anos ininterruptos de contato com uma outra dimensão energética, o mundo espiritual, respondendo de forma inconteste: O que somos? De onde viemos? Para onde vamos? Kardec usou a metodologia cient
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CONHECENDO A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL – PARTE IV: O Financiamento da Política Acácio de Carvalho Março de 2009 Jaboatão dos Guararapes-PE "Estou confiante em prever o colapso do capitalismo e o início da história. Algo vai mal na máquina que converte dinheiro em dinheiro, o sistema bancário entrará em colapso total, e nós vamos ter que fazer permutas para permanecer vivos". Margaret Drabble, escritora britânica (frase dita em 1993, há 16 anos). Iniciamos 2009 convivendo com a maior crise do capitalismo pós-guerra. A retração do produto interno bruto no último trimestre do ano passado no Brasil foi de 3,6%. Quais as nossas perspectivas?  Pernambuco registrou em 2008 o maior investimento de sua história em programas socioassistenciais – Só em recursos federais e estaduais foram aplicados quase R$ 2 bilhões, beneficiando praticamente a metade dos cidadãos pernambucanos, pessoas em vulnerabilidade e risco. De onde vem esse dinheiro? Como é feito o fina
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CONHECENDO A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL – PARTE III: O CREAS – Centro de Referência Especializado da Assistência Social Acácio de Carvalho Março de 2009 Jaboatão dos Guararapes-PE “No finalzinho da tarde, o padrasto molestava a enteada. – Se você disser alguma coisa a seus irmãos ou à sua mãe, eu vou bater bastante em você, menina -  repetia várias vezes o ignóbil e desequilibrado tutor da criança de onze anos, enquanto locupletava-se em seus devaneios sexuais...” Retorno ao Blog depois de curtir um breve recesso momesco, que foi aproveitado para por a leitura em dia e fazer rápidas incursões pela folia do carnaval multicultural de nosso Estado. Nestes quinze dias muita coisa ocorreu, desde as declarações em defesa da ética feitas pelo  senador Jarbas (não entendi porque ele falou do Bolsa Família... penso que ele não foi bem assessorado), até as oscilações do capitalismo internacional, quando os Estados Unidos amargam mais de um milhão de postos de emprego fe
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CONHECENDO A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL – PARTE II: O CRAS – Centro de Referência da Assistência Social Acácio de Carvalho Fevereiro de 2009 Arcoverde-PE “O homem partiria cedo de sua choupana humilde na área rural do Sertão do Moxotó. Um amigo que trabalha na prefeitura assegurou-lhe que o prefeito estaria na cidade naquele dia... O café era magro, ralo, acompanhado por uma broa dura, que Dona Rozilda havia guardado para o desjejum de dois dias atrás. – Quinca, você está com a carta do médico do Recife? Não esqueça de mostrar ao prefeito, ele é um homem muito bom e vai atender ao seu pedido!  A caminhada foi longa, cerca de duas horas em passos vacilantes, na bêbada esperança de conseguir a medicação prescrita pelo doutor da capital. Ao chegar na casa do prefeito, já havia uma fila se formando, pessoas como Seu Joaquim, pedindo emprego, cesta básica, muletas, cadeiras de rodas, auxílio para o gás, dinheiro para a passagem, um petitório sem fim. Joaquim, cabisbaixo
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CONHECENDO A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL – PARTE I: O PETI – PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL Acácio de Carvalho Janeiro de 2009 “A artesã não tinha opções: seu marido agricultor era um homem rude, que não admitia que a mulher trabalhasse. João Antônio  sentia-se revoltado e atingido em sua masculinidade pela nova ocupação da mulher. Ele queria ensinar o ofício ao filho varão, de 9 anos, porque já estava em idade de aprender a ser homem, pegar na enxada, assim como seu pai o havia ensinado a arar a terra, dela extraindo o seu sustento. A escola rural ficava a seis quilômetros de seu roçado e o menino já sabia ler e escrever, era o bastante! Jacilene, desesperada com a colheita insuficiente daquele ano, passou a fazer artesanato com a fibra da bananeira para ajudar em casa. Juntou-se a outras mulheres da comunidade no Sertão Central e trabalhavam até tarde, produzindo bolsas, vasos, cintos, brincos e outros objetos. O que parecia passatempo, g
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POR QUE INVESTIR EM PROGRAMAS SOCIAIS? Acácio de Carvalho Fevereiro de 2009 Salgueiro-PE “Seu doutor, os nordestinos Têm muita gratidão Pelo auxílio dos sulistas Nesta seca do sertão Mas doutor, uma esmola A um homem que é são Ou lhe mata de vergonha Ou vicia o cidadão... ” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas, em Vozes da Seca, 1953) Findo o ano de 2008, é hora de fechar o balanço na área social e descobrir que, historicamente, este foi o ano em que mais foram realizados investimentos em Pernambuco no âmbito do Sistema Único da Assistência Social – SUAS. Entre recursos do fundo nacional e do fundo estadual, foram aplicados quase R$ 2 bilhões em programas de proteção social para famílias vulneráveis em nosso Estado. São quase 1,9 milhões de beneficiários dos vários programas da assistência social, como o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada – BPC (salário mínimo para pessoas com deficiência
DÍVIDA SOCIAL E TRANSFERÊNCIA DE RENDA – PARTE II Acácio de Carvalho Janeiro de 2009 Jaboatão dos Guararapes-PE Já tratei das relações entre a dívida social brasileira e o principal programa de transferência de renda do Governo Lula, o Bolsa Família. Enfatizei a desigualdade brutal que vivenciamos no Brasil, no Nordeste e em Pernambuco; destaquei os resultados do Bolsa Família na emancipação econômica de cidadãos em situação de extrema pobreza (aqueles que vivem com menos de R$ 2,00 por dia); pontuei as principais críticas ao programa (assistencialismo, fraudes, descumprimento de condicionalidades e acomodação) e finalmente, expus as ações do Governo Eduardo Campos para vencer esse desafio social. Esta semana, o tema continua presente na mídia, em função de um gato (esse mesmo, um felino!!), descoberto no interior de Mato Grosso do Sul como beneficiário do programa, além da visita a Pernambuco da Secretária Nacional de Assistência Social, Ana Lígia Gomes, ligada ao MDS. A
DÍVIDA SOCIAL E TRANSFERÊNCIA DE RENDA - PARTE I Acácio de Carvalho Janeiro de 2009 Jaboatão dos Guararapes-PE “O homem estava humilhado... Após inúmeras tentativas de arrumar trabalho, teve que estender as mãos e pedir: sem dinheiro para alimentar sua companheira e quatro filhos pequenos, desesperou-se e foi à rua mendigar. O apurado do último biscate bastou para comprar comida até hoje. O que acontecerá amanhã? ” A situação relatada acima retrata o que é chamado pela ciência de “insegurança alimentar e nutricional”, que, pela escala brasileira, pode ser leve, moderada ou grave. Um terço dos pernambucanos passa por algum tipo de insegurança alimentar, quase 3 milhões de pessoas! Não há nada mais indigno para um homem são ou mulher sã, do que não poder sustentar a si e aos seus. Mahatma Gandhi lembrava-nos que “a maior violência que pode ser cometida contra um povo, é a miséria”. Reconhecendo os avanços em duas décadas de democracia, o Brasil ainda tem uma enorme dívid

Neste artigo, reflito sobre a importância de uma rede de proteção social em nosso País, e a forma pela qual podemos participar dela, contribuindo para uma sociedade melhor!

PRECISAMOS DE UMA REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL? "O rostinho curioso e amedrontado fitava-me em expectativa. B. era um dos 15 internos do abrigo, que funcionava como casa de passagem, enquanto o poder familiar era suspenso pelo Juizado da Criança e do Adolescente, pelo Conselho Tutelar ou pelo Ministério Público. B., com apenas 5 anos, era vítima de abuso sexual cometido por seu padrasto. Naquele lar temporário, ele teria proteção, escola, acompanhamento psicológico, assistência médica, atividades complementares e acima de tudo, amor... A sessão de cinema começou! B. e seus coleguinhas, como tantas outras crianças de sua idade, vibravam de felicidade". Recentemente, discuti com um colega sobre a importância do Estado Brasileiro em assegurar uma rede de proteção social aos cidadãos vulneráveis. Ele, muito estudioso, amigo de adolescência, iniciou-me na leitura dos clássicos socialistas. Aos 14 anos, discutíamos o "Manifesto" de Marx e Engels, "As Veias"